Philippe Ariès, historiador “por conta própria”, não vinculado a instituição de ensino ou pesquisa, escreveu livros como historiador “de verdade”. De origem política e familiar conservadora, se aproximou de nomes importantes da luta política de esquerda, como Pierre Vidal-Naquet e Michel Foucault. Sua escrita “diletante”, que aparentemente o afastaria do necessário rigor historiográfico, o fez próximo, quase um igual, a toda uma geração que se vinculou a Escola dos Annales.
Analisar sua figura nos faz ver uma série de aparentes contradições e nos mostra que o amor pela história e o ofício do historiador antecede ligações profissionais ou prerrogativas políticas. Através dessa autobiografia “transversal” perguntas talvez não colocadas e por isso importantes podem ser explicitadas e trazerem inquietações ainda bem pouco analisadas.
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