Nota crítica ao conceito de “guerra híbrida” seguindo as diretrizes do platô Nomadologia, de Deleuze e Guattari.
A boataria como fenômeno do estado de guerra
O fenômeno atual de boataria é um sintoma da quadra histórica em que vivemos, ou seja, numa espécie de mundo submetida a lei natural hobbesiana, pré-contratualista, que seria real se não fosse algo fabricado. Não por acaso, o medo e o autoritarismo, a solução do Leviatã, hoje encontra tamanha repercussão. As chamadas “fake news” são a espuma das ondas da história. Não devemos ser dramáticos nem apressados ao tirar conclusões sobre esse fenômeno, assim como ter em mente que um boato pode durar por séculos, como o do famoso poder taumatúrgico dos reis, como relatado em um livro clássico do historiador Marc Bloch depois de vivenciar a experiência da multiplicação dos boatos nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial.
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O “bom sensor”: nota vazada do Google admite a censura em troca da “segurança e civilidade”
Do Serviço de Informações da Executive Intelligence Review
Como parte da atual onda fascista/jacobina nos EUA, tão superficial quanto minoritária, uma nota interna do Google, vazada para a agência de notícias Breitbart, clama por uma mudança de política da “liberdade de expressão” para a “boa censura”. Continue lendo “O “bom sensor”: nota vazada do Google admite a censura em troca da “segurança e civilidade””
Um 2º turno para os candidatos que ainda não apareceram

Se a guerra começou no Brasil em junho de 2013, a princípio com uma confusão generalizada entre os diferentes campos políticos, agora a cisão é bem nítida, o que favorece a batalha. Bolsonaro é o Golpe manco. É extremamente duvidoso o sucesso de um possível governo seu. Por isso as elites hesitam em apoiá-lo ou o fazem de maneira velada. Finalmente esse neomacartismo difuso poderá ser enfrentado num campo de batalha muito bem delimitado. E com um apoio inesperado e, talvez, decisivo.
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Veredas: um grande consenso patriótico e internacional

Guimarães Rosa divide seu Sertão entre dois grupos políticos principais. Se lermos esse romance como um trabalho artístico de fato, ou seja, como metáfora ou alegoria relativos a um processo social real, ele pode trazer alguns subsídios para compreender o que vivenciamos atualmente. Continue lendo “Veredas: um grande consenso patriótico e internacional”
#eleQUEM? Contra um oportuno esquecimento
Em meio a campanha contra o uso de materiais descartáveis durante as eleições desse ano, inaugurada pelo TSE em prol de uma eleição “mais limpa”, uma multidão se reuniu contra o uso de Jair Messias Bolsonaro, vulgo Bozo, na urna de votação eletrônica. Continue lendo “#eleQUEM? Contra um oportuno esquecimento”