“Os que acreditaram em mim estão perdoados: acreditaram na História. ‘A História é um conjunto de mentiras sobre as quais se chegou a um acordo’, sabe de quem é isso, meu prezado Correia? Nos domínios do Grão-Turco só são reais os indomáveis delírios”. Joel Rufino dos Santos, Crônica de indomáveis delírios.
Época em que o Brasil exportava conhecimento médico e incentivava a cooperação entre nações. Inauguração de uma fábrica de retrovirais em Moçambique, 2010.
“Fecham as cidades” – é um eufemismo. Trabalhadores de todas as espécies continuam em seus afazeres diários (Correios, mercados, farmácias, comércio, etc.). O “home-office” e o isolamento serve para quantos por cento da população brasileira? Talvez para muitos dos que estão batendo panelas e com o mesmo dilema do editorial do Estadão: “Bolsonaro ou Haddad, uma escolha difícil”.
Franklin Roosevelt é uma figura da história sempre mencionada quando se quer justificar gastos públicos. Seu sinônimo é New Deal. Contudo, jamais é lembrada a lei criada por ele em 1933 chamada Glass-Steagall. Foi uma lei de separação bancária, onde os bancos que trabalham com fundos especulativos não poderiam gerir a poupança e a conta corrente dos cidadãos. Assim, ele pôs sob novas bases o sistema monetário estadunidense e permitiu o boom industrial do país depois da crise de 1929. Decretou um feriado bancário, reorganizou o sistema e inaugurou um amplo projeto de ciência, infraestrutura e criação de empregos. Sem falar da Comissão Pecora, que julgou os crimes cometidos pelo mercado e seus agentes e que culminou na crise de 29, algo que hoje poderia ser de importância similar ao que foi o Tribunal de Nuremberg no pós-guerra…
Fala de Helga Zepp-LaRouche, fundadora e presidenta do Instituto Schiller, em 18 de março de 2020
É absolutamente claro que, depois
da montanha russa e as perdas dramáticas nos mercados financeiros nos últimos
dias, a crise sistêmica está saindo de controle.
Do serviço de informações da Executive Intelligence Review
Em 18 de outubro de 2019, um exercício de guerra chamado Event 201 foi conduzido na cidade de Nova Iorque pelo Johns Hopkins Center for Health Security, em parceria com o Fórum Econômico Mundial e a Fundação Bill e Melinda Gates. A fala introdutória do site do evento diz o seguinte: “Nos últimos anos, o mundo tem visto um número crescente de epidemias, chegando a quase 200 por ano. Esses fatos se multiplicam e são disruptivos para a saúde, a economia e a sociedade. Manejá-los já força a capacidade global mesmo sem uma ameaça pandêmica. Especialistas concordam que é só uma questão de tempo para que essas epidemias se tornem uma pandemia global com consequências potencialmente catastróficas. Uma pandemia severa requer uma sólida cooperação entre diversas indústrias, governos e instituições internacionais de relevo”.
Os exercícios simularam a morte
de 65 milhões de pessoas no mundo. Outros exercícios similares foram realizados
através dos últimos anos. Um vídeo de 11 minutos das ações é horripilante (segue abaixo).
Rio Negro, 50, romance publicado em 2013 por Nei Lopes, é um livro visionário no mesmo sentido que Deleuze dá ao cinema do pós-guerra, de Rossellini a Marguerite Duras e o “cinema do Terceiro Mundo”. A gargalhada de Tião Medonho recontada no livro, pouco mais de 50 anos depois do célebre Assalto ao trem pagador, parece a descrição cristalina de um processo que se repetia: a afirmação das classes populares, uma efervescência política e cultural, atualizada nas últimas décadas pelo sorriso de Chávez, Kirchner e Lula, que há dez anos traziam a paz para a América do Sul. A gargalhada se transformou num refrão do que o país cada vez mais precisa, desde o início do processo do golpe de Estado no processo eleitoral de 2014 e a instauração da Lava-Jato como guerra irregular moderna, até a hora atual, onde o golpe e sua política de extermínio continuam.
Bertolt Brecht, (poema de) 1935, quando ainda podia jogar xadrez com W. Benjamin e não tinha espaço para se lamentar.
Você diz: A coisa vai mal para nós. A escuridão aumenta. As forças decrescem. Agora, após termos trabalhado tantos anos, estamos Em situação mais difícil do que no início.
O inimigo, porém, está mais forte do que nunca. Suas forças parecem maiores. Tomou aspecto invencível. Cometemos erros, sim, não dá para negar. Nosso número diminuiu. Nossos bordões estão em desordem. Uma parte das nossas palavras O inimigo distorceu até ficar irreconhecível.
O que está errado agora daquilo que dissemos Alguma coisa ou tudo? Com quem podemos contar ainda? Somos os restantes, arrancados Do rio vivente? Vamos permanecer Não compreendendo mais a ninguém e por ninguém compreendidos?
Precisamos ter sorte?
É o que você pergunta. Não Espere outra resposta além da sua.