Com a sofisticação da escrita da história contemporânea à micro-história e à terceira geração dos Annales, alguns teóricos mostraram preocupação com a possível dissolução das fronteiras que separam a história da ficção, tanto para o público leigo quanto para o senso comum de um modo geral. Por outro lado, a publicação da “Meta-história”, por Hyden White”, parecia legitimar teoricamente relativismos variados ao aparentemente subordinar os fatos à sua existência linguística. Em “A memória, a história, o esquecimento”, Paul Ricoeur procura ultrapassar tais barreiras epistemológicas ao contrapor a noção de “representação artística” ao seu conceito de “representância historiadora” e, no plano existencial, expor como o testemunho pode servir de prova de verdade a história diante de casos extremos como o Holocausto e as tentativas de revisionismo que entraram em moda décadas depois.
YOUTUBE: https://youtu.be/8blE_qCn_vY